quinta-feira, dezembro 22, 2005
quinta-feira, dezembro 08, 2005
quarta-feira, dezembro 07, 2005
O badalo
De Ourém desde (quase) sempre, moro há uns anos na capital. Desde o ano passado que a minha cidade emprestada faz gala em bradar aos sete ventos ter a árvore de Natal mais alta da Europa.
Até aqui, nada de novo.
Um destes dias, era já noite entrada, ia a caminho da minha terra, quando, na avenida, reparo que o edifício da edilidade, no seu ponto mais alto, tinha um sino luminoso que badalava. Da esquerda para o centro, do centro para a direita, da direita para o centro... Incessantemente.
Bestial.
Pensei então, enquanto apreciava aquela obra prima do bom-gosto: porque não haveremos nós de encher o peito de orgulho e gritar bem alto:
“Não temos a maior árvore de Natal da Europa, mas temos o mais belo badalo de Natal do Mundo!”
Até aqui, nada de novo.
Um destes dias, era já noite entrada, ia a caminho da minha terra, quando, na avenida, reparo que o edifício da edilidade, no seu ponto mais alto, tinha um sino luminoso que badalava. Da esquerda para o centro, do centro para a direita, da direita para o centro... Incessantemente.
Bestial.
Pensei então, enquanto apreciava aquela obra prima do bom-gosto: porque não haveremos nós de encher o peito de orgulho e gritar bem alto:
“Não temos a maior árvore de Natal da Europa, mas temos o mais belo badalo de Natal do Mundo!”