Não sei se é do meu mau-feitio, se de outra qualquer razão que não consigo identificar, mas não compreendo algumas coisas.
Vejamos uma das que não compreendo:
Até à umas semanas, não paravam as palavras de ordem, os ajuntamentos, as
postadas a lembrar para algumas
gangrenas oureenses, e outras manifestações de quem não se curvava ao
status quo que o nosso concelho vive à longo tempo. Isto, pelos que exerciam e pelos que não exerciam a política no terreno.
Nas feiras ouviam-se as queixas dos feirantes; nas aldeias, as queixas dos aldeões; nas fábricas as queixas dos operários; nos lavadouros as queixas das lavadeiras; nas lojas as queixas dos lojistas... e por aí fora, com empenho e sem parar.
Como muitos dos feirantes, dos lojistas e todos os outros, cheguei mesmo, ingenuamente, a pensar: "
é desta!" Não é que pensasse que a CMO viesse a ter outro presidente já neste mandato. Pensei é que se tinha gerado um movimento que não seria fácil de parar. Enganei-me.
Políticos a escutar os cidadãos do meu concelho, só daqui por mais quatro anos. Tertúlias, agora, só se for sobre o futebol (do nacional, claro! Porque saber do Atlético, do Seiça, do Fátima, do Caxarias e outros, não interessa!).
Os blogs, acalmaram. E neste particular, acho que alguns perdem muito. A coberto da
sacro-santa liberdade de expressão democrática, algumas piadas de mau gosto e ofensivas para as pessoas, independentemente de não se concordar com elas, são feitas, usadas e abusadas. É pena.
Para não ser ostensivo na apreciação, tudo se resume a que daqui a mais quatro anos, teremos de novo uma repentina e contagiante febre política e tudo se repetirá.
Aí, aparecerá um qualquer outro Alho, um qualquer outro Luís, uma qualquer outra Sandra, nas feiras a ouvir as queixas dos feirantes; nas aldeias, as queixas dos aldeões; nas fábricas as queixas dos operários; nos lavadouros as queixas das lavadeiras; nas lojas as queixas dos lojistas...
Nessa altura, terão de ouvir novamente: "
Chupistas! Só querem é caçar o vota à malta! Cambada de cab****".
Sentir-se-ão, na altura, chocados e ofendidos? Por que razão?
Todos nós, políticos ou não, temos uma quota de responsabilidade. Mais do que o fácil desaparecimento de cena, do bota-abaixo, da crítica destrutiva ou até mesmo da ofensa pessoal, cabe-nos, como cidadãos responsáveis, denunciar todos os problemas do concelho, mas, para eles, apontar soluções e linhas de rumo.
A nossa terra merece muito mais de todos nós!